A crítica dividiu-se. O tema do mais recente filme de Gavin Hood é o programa da CIA que tem sido justificado pela Administração norte-americana como necessário para a obtenção de informações que visam proteger a segurança nacional e consequentemente a vida de milhares de pessoas. O recurso a técnicas intensivas de interrogatório é objecto de escrutínio e a pergunta impõem-se: até onde estamos dispostos a ir enquanto civilização em nome da segurança nacional? É aceitável o uso de técnicas de tortura para evitar o terrorismo? Petrificante é descobrir que uma pergunta de resposta óbvia... merece afinal um second thought por parte da opinião pública americana. Afinal, não é evidente para todos que a tortura é um crime e uma violação dos direitos humanos. O filme chama-se RENDITION e aqui fica o trailer. Com Jake Gyllenhaal e Meryl Streep.
De_Patrícia Ribeiro e Silva.
Neste castelo... os sapatos ficam à porta.
2 comentários:
Cara Patricia,
"É aceitável o uso de técnicas de tortura para evitar o terrorismo? Petrificante é descobrir que uma pergunta de resposta óbvia... merece afinal um second thought por parte da opinião pública americana."
Não concordo que a resposta à pergunta seja óbvia. Para mim a resposta é um "não" incondicional, para a Patricia também será, mas não seria expectável que existissem pessoas com opinião diferente? Repare-se por exemplo na pena de morte... resposta óbvia? Não me parece. O aborto? Para muitas sociedades, a minha resposta - a favor do mesmo - será a não óbvia.
Aproveito também para lhe dizer Patricia que já adicionei o seu blogue à minha barrinha das ligações. Boas escritas e eu tentarei manter-me assiduo leitor do seu blogue.
jorge a. ... não comparo tortura ao aborto. Não hesito em concordar em absoluto que um feto se trata de uma vida humana; a questão é melindrosa, mas não a coloco ao mesmo nível da tortura. Porque um feto depende de uma outra vida para existir, e então intersectam-se dois direitos, o direito do feto à vida e o direito da mãe a optar por desenvolver a gravidez, donde, para mim, o direito de opção da mãe deve prevalecer. Mas a tortura é outro campeonato. Apareça mais vezes.
Enviar um comentário